Fomos ontem à Gulbenkian, onde nos esperava um programa dedicada a obras instrumentais pouco conhecidas de vários compositores italianos, com a Orquestra Gulbenkian sob a direcção do maestro Claudio Scimone. Confesso que a primeira parte, com obras de Clementi e de Cimarosa, não me despertou particularmente a atenção. Na segunda parte, o público vibrou com o prelúdio de Puccini, que embora melodioso me pareceu algo facilitista. Seguiu-se uma sinfonia de Arrigo Boito, um compositor que desconhecia completamente (mais conhecido por ser o fundador do Figaro e o libretista do Otelo e do Falstaff de Verdi) mas que se revelou uma agradável surpresa, com uma utilização muito interessante de contrastes rítmicos e dinâmicos que foi para mim o ponto alto da noite. A sessão terminou com uma possante abertura de Rossini, da qual permaneceu sobretudo a memória da secção rítmica. A Orquestra Gulbenkian comportou-se adequadamente, embora tenha sentido várias vezes uma ligeira sensação de falta de sincronização de alguns instrumentos.
Não existe nada como o ambiente Gulbenkian para nos fazer sentir bem. Não passo um fim de semana sem um passeio/almoço/espectaculo por lá. Boa onda.
Posted by: andrerib | 2004.05.14 at 12:17